quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Semeou com seu coração um momento do espaço-tempo que guardava na memória...sentiu saudade.

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- Você consegue brincar com as palavras?
- Não sei. Talvez.

Tempo espaço do pouco espaço de tempo que encontro tendo tempo perdido de um tempo em que me encontrei perdido e hoje já não tenho espaço para tanto tempo perdido dentro de uma mente mais perdida que o tempo-espaço criado por mim dentro de uma mente tão impulsiva e gigante como o espaço imenso de um tempo em que eu queria esquecer e não consigo. Não consigo. Perdi num pequeno tempo-espaço de um tempo esquecido pelas lembranças de um passado que eu amaria esquecer. Aquele outono. Tempo bom. Tempo onde tudo é calmo e quieto. Muito mais quieto que essa mente perdida que vos escreve e tem muito a dizer. Muito. Muito mesmo. E eu tento dizer tudo que penso num curto período de tempo. E esse curto período de tempo é o tempo que me resta para dizer todas as coisas escondidas dentro deste peito tão angustiado que muito, mas muito tem para contar. E esse tempo que eu queria esquecer bate tão forte aqui dentro que me sinto completamente perdido num tempo-espaço que eu mesmo criei tendo você em meus braços e acreditando que aqueles momentos num curto período de tempo poderia durar uma eternidade. E não duram. Eles nunca duram. Tudo que é bom dura pouco tempo. E tudo que é bom, quando se acaba, a gente implora para esquecer e tirar todos os tempos, que acreditamos no momento terem sido perdidos, para que a gente se sinta bem novamente. Na esperança desse longo tempo cheio de amores e incríveis momentos seja uma esperança que passou e que conseguiremos viver cada lembrança ali acolhida nos braços de outro alguém. E esse tempo perdido que eu nunca senti que fosse perdido é o que bate em minha mente perdida por acreditar que nunca mais voltará e que nunca mais serei capaz de amar novamente na falta de esperança de que tudo de bom foi tomado por mim naquele outono calmo e quieto de que eu tanto quero esquecer. E eu gostaria de esquecer. E eu quero te esquecer. Gostaria de não chorar sempre que lembro dos nossos tempos perdidos em momentos felizes em que tive você em meus braços e acreditei que teus olhares seriam para sempre meus. E teus abraços seriam para sempre meus. E teus beijos seriam para sempre nesses meus lábios que muito tem para te dizer hoje...e...que...não...tem...coragem. Não mais. E eu gostaria de acreditar que meu amor perdido no tempo fosse para sempre teu, na esperança de que ninguém roubasse, e todos aqueles que tentassem roubar, de nada funcionaria. De nada adiantaria. Porque meu amor era só teu e de mais ninguém. E, talvez, sempre será. Esse é o tempo perdido que me pego pensando que nunca mais conseguirei amar novamente por todos os dias acordar e lembrar do teu nome e lembrar do que foi para mim e o que sempre será, e lembrar que ainda lembro de você. E lembrar do quanto quero te esquecer. E acordar é a maior tormenta que existe em minha vida nos últimos tempos, depois de cinco minutos acordado, lembro de tudo que és para mim. E os mesmos tormentos e sentimentos e turbilhão de sensações devastadoras que senti antes de dormir, invadem meu peito de novo ao amanhecer. Emburreço ao lembrar teu nome. Enegreço mais ainda esse coração ao lembrar de tuas palavras antes de partir. E eu sinto vontade de explodir. E queria que tu viesse me resgatar e juntar todos esses pedaços e dissesse que tudo isso não passa de um terrível pesadelo. Tempo e espaço esse que passo enxugando lágrimas constantes de um peito inconstante que muito tem a dizer. E eu tenho pouco tempo. Pouquíssimo tempo. E já estou bêbado. E chorando. E os olhos estão cada vez mais cheios de lágrimas. E eu bebo mais ainda. E me desespero. E surto. E grito em silêncio. Eu não moro sozinho. Não quero que ouçam meus gritos desesperadores pela falta que me faz. E não quero que se preocupem. Não mais. E meus braços doem. Meus dedos doem. Minhas lágrimas escorrem cada vez mais. A mente emburrece. E perco o foco. O peito enegrece. E perco as esperanças. O ego some. A vaidade vai embora. As lembranças felizes são apagadas. Os momentos bons são esquecidos. Os amigos não estão aqui. E o amor é o que está me matando. Talvez eu bote logo um fim nisso. Pedi socorro. Ninguém atendeu. Pedi ajuda. Ninguém correspondeu. E acharam besteira. E acharam que passava. E não passou. E eu, em balcões de bares, achei que seria só uma fase. Minha mãe me pergunta porque bebo tanto. Meu pai se pergunta porque passo tanto tempo acordado. Meus amigos estão perguntando o porque sumi. As dores na mente estão quase me impedindo de levantar para trabalhar. O peso nas costas não me deixa levantar. E teu olhar se apagava cada vez mais de mim e me apaga cada vez mais ainda de mim. E eu desisto. E desisti. E suplico, pela última vez, que me ajudem. Que encontrem cada caco quebrado de mim e cada entrelinha desse pequeno poema. E percebam que eu preciso de ajuda sem antes sentir a vontade absurda de dizer o quanto minhas palavras são lindas ou o quanto escrevo bem e o quanto isso consome a sua alma que sabes que um monte de gente se sente igualmente a mim, só que elas não sabem como se expressar e botar para fora da forma que coloco. Cada palavra em seu lugar. Tempo espaço de um tempo de uma passado que eu queria esquecer nesse exato momento para não cometer minhas besteiras nessa beirada de abismo profundo em que me encontro. Olhos embaçados. Coração com um borrão negro. Mãos exaustas. Mente atormentada. E apenas uma pessoa pode me salvar nesse exato momento. E essa pessoa é aquela que está me matando a cada dia que passa nesse mundo em que não suporto mais estar. É triste, você não acha?

- Você não sabe brincar com palavras.
- Não. Não sei.
- Soa como uma carta de despedida apenas.
- Então espero que entendam. E se for uma despedida, que entendam meus motivos.
- Você não era triste assim.
- Estou cansado. Muito cansado. Mente revirada. Passado. Passado. Tristeza. Tristeza. Amor jogado as traças sem uma esperança de reconciliamento.
- Você precisa de ajuda?
- Preciso de paz. Preciso dormir um pouco. Quatro noites seguidas com pouco mais de uma hora de sono.
- O que tu faz nessas noites sem dormir?
- Bebo. Choro. Escrevo. Penso. Tento suicídio. E durmo. Acordo. Escrevo. Penso. Penso. E choro. E durmo de tanto chorar. E pensar.
- Você precisa de ajuda.
- Estou cansado do mundo. Só queria ter o meu amor de volta. Aquele que me esquentava nas noites frias, entende?
- Para muitos, isso é besteira.
- Por isso estou sumido. Por causa desses muitos estou desaparecendo. O amor verdadeiro se tornou essa besteira e por isso o mundo é esse mar de escrotidão em que não aguento mais viver. Tudo muito descartável e eu não aprendi nada disso.
- Quer dar seu Adeus então?
- Adeus. Que eu tenha paz.

...

...o menino que precisou costurar a si mesmo...pois quando se deu conta já estava devastado por cortes profundos na alma e no peito e na vida.

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