terça-feira, 30 de outubro de 2018

O que eu aprendi com o amor? Palavrões novos.

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E quais são as coisas que tu pensas quando alguém te diz "...antes que seja tarde"?
E quais oportunidades perdeu por pensar demais?
E quais pessoas deixou para trás por não saber o que queria?
E se aquela pessoa fosse o teu último romance?
Antes que seja tarde, ame. Viva. Sonhe. Acredite. Lute. Relute. Refute. E ame. Ou deixe-o ir. Esqueça de acreditar, esqueça de sonhar. Deixe o amor escorrer por teus dedos e teu romance te dizer um belo e curto Adeus. Se não tens forças para lutar, deixe o seu romance ir embora. Ou, simplesmente, nem abra a porta para que ele, um dia, entre. Mas, e se ele bater a tua porta? Em qual canto de casa irás se esconder por medo de sofrer? Por medo de errar? Por medo de falhar? Por medo de não ser o romance ideal - se é que esse lance de romance ideal existe.
A gente falha com o nosso romance. Procuramos tanto a pessoa ideal que o descartamos na primeira falha. E, de uma maneira ou de outra, somos trocados, esquecidos, guardados numa caixinha e jogados pela janela. E a gente continua banalizando o amor. Procurando romances perfeitos em cada esquina que passamos, sendo que, no final, ninguém mais sabe o que amar. Se é que um dia soubemos. E isso me entristece, me emburrece. Peço demissão para essa vida de romances. Peço carta branca para que eu encontre alguma paz que não seja nos braços de outro alguém. E que eu não sinta mais a vontade imensurável de ouvir uma voz sequer do outro lado da linha me dizendo que tudo irá acabar bem. Que as músicas românticas não façam mais sentido. Que os filmes bobos não me façam lacrimejar. Que os casais nas ruas não me façam sonhar com um casamento perfeito. Que o romance não me atinja. Não mais. Não agora. Não. E não.

Antes que seja tarde, me ame.
Antes que seja tarde, não me esqueça.
Antes que seja tarde, se entregue.
Antes que seja tarde, acredite no que sinto.
Antes que seja tarde, não vá embora.
Antes que seja tarde, me abrace.
Antes que seja tarde, me olhe.
Antes que seja tarde, me beije.
Antes que seja tarde, não se vá, mais uma vez.
Antes que seja tarde, não jogue meu romance fora.
Antes que seja tarde, não me esqueça. Não. Não.

Diálogo 1:
- Sinto tanto tua falta, que, mal sobra espaço pra sentir outra coisa.

Cansei de ser acordes errados na vida de outro alguém. Estrondoso acorde que me atropela e grita cada vez mais alto "...faça algo, antes que seja tarde". E eu fiz, por mais absurdo que seja, eu fiz. Me entupo de cerveja e escrevo. Bebo. Bebo. Bebo. Escrevo e escrevo e escrevo. E isso se torna tão repetitivo que passo para minhas cartas. Mas, se eu não fizesse isso, talvez eu já não estaria mais por aqui. Talvez minha existência, em meio a essa vasta escuridão, já estivesse pulado no abismo em que me encontro. E, mais uma vez, minha visão míope me impede de enxergar qualquer coisa que se passe pela minha frente. Visão cansada. Visão exausta. Mente perdida. E tua voz pode me destruir. E teu olhar pode me matar. E eu me perco por cada palavra que escrevo, na esperança de que alguém estenda a mão e me salve. Escrevendo. Escrevendo. E sozinho. Bebendo. Pensando. Pensando. E pensante. E sozinho bebendo escrevendo algo pensante sobre um romance qualquer. E estou cansado. E quando digo cansado, não é no corpo, é a exaustão mental. Fraquejado. Surrado. Assim como o amor que sinto, maltratado, esquecido, sentido, jogado fora e quase se apagando. E quase ninguém, ou ninguém, se importa. Meia dúzia de gato pingado lê minhas palavras e falam as mesmas coisas de sempre "Ficou lindo", "Fantástico", "Escritor foda você é". E isso não supre a necessidade de um abraço que sinto em cada palavra que aqui cuspo. E nem de longe eu posso disfarçar essa vontade de acabar com a minha vida sempre que lembro na existência de sentimentos que não posso controlar. A Corda e o Convés. E eu estive lá. E eu estou a beira dele, mais uma vez. E poucos se importam. E poucos entendem. E muitos dizem "Ah, mas o amor não é lá grande coisa assim". Para mim, o amor, sempre foi tudo. Tudo e mais um pouco. Capaz de curar e adoecer. Sanar e suprir. Encher e esvaziar. Capaz de viver e matar. Quais são tuas escolhas para com o amor?
Muitos fingem saber a resposta, mas poucos sabem como lidar, realmente, com os romances que a vida nos entrega.

Diálogo 2:
- Eu sempre volto, mesmo quando a minha autoestima implora para que eu espere por um sinal teu. Teus sinais foram dados; nós é que falamos línguas diferentes quando o assunto é sentir e expressar.

Antes que seja tarde, não ame.
Antes que seja tarde, me esqueça.
Antes que seja tarde, não se entregue.
Antes que seja tarde, vá embora.
Antes que seja tarde, não me abrace.
Antes que seja tarde, não me olhe.
Antes que seja tarde, não me beije.
Antes que seja tarde, vá embora, mais uma vez.
Antes que seja tarde, jogue o teu romance fora.
Antes que seja tarde, me esqueça. Sim. Sim.

Qual o roteiro da sua vida que a minha vida deve seguir? Existem sentimentos e situações que já não cabem mais a mim. E prometi para mim mesmo que não lutarei mais por todas as coisas que sei que já perdi. E dói demais ser assim. E dói demais pensar assim. E dói demais desistir. Mas, é muito mais fácil desistir quando tu tens a certeza de que teu amor já não é suficiente para outro ser vivente. É muito fácil fechar os olhos quando eles já não são guia para um fio sequer de ternura. É muito fácil desistir quando o teu sorriso já não importa mais. E quando teu choro já não significa nada. É muito fácil desistir quando teus abraços já não querem dizer nada. E quando teus lábios já não são tão quentes quanto um dia foram. E é muito fácil desistir quando tua existência pode ser substituída por qualquer outra. Ninguém é insubstituível, porque comigo seria diferente? Porque com esse escritor de quinta categoria seria algo imensuravelmente do oposto? O que seria um poeta sem a dor? O que seria de um escritor sem sofrimento? E isso nunca fez sentido para mim até o dia em que me peguei escrevendo muitas cartas e jogando todas elas fora. Conseguem entender? Eu não. Se consegues, me explique. Se tens um pingo de amor por mim, não me abandone. Se não sentes nada, obrigado.
O que seria de tua vida se eu morresse hoje?

Diálogo 3:
- Seria essa, a vida que eu sempre procurei? Aí é que reside o cerne da questão. A vida que eu sempre procurei é, justamente, viver procurando. É eternamente cavar fundo até encontrar, em peito alheio, um coração parecido com o meu.


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